Custo de manutenção: como reduzir despesas sem comprometer a operação?
Toda empresa paga por manutenção. A diferença está em como (ou em quanto). Algumas delas ignoram sinais de desgaste, protelam decisões e arcam com prejuízos silenciosos. Outras escolhem o caminho da previsibilidade, controlando cada falha como quem evita um incêndio antes da primeira faísca.
Custos de manutenção influenciam diretamente o fluxo de caixa, o desempenho dos ativos e até a imagem da marca. Um equipamento parado representa produção travada, atrasos, multas e retrabalho. No fim, quem negligencia a gestão da manutenção paga caro, com dinheiro, tempo e reputação.
O que são os custos de manutenção?
Custos de manutenção são todos os valores envolvidos na conservação, operação e recuperação de ativos, sejam eles máquinas, equipamentos, sistemas ou estruturas. Incluem tanto os gastos diretos, como peças e mão de obra, quanto perdas menos visíveis, como produtividade reduzida ou horas extras causadas por falhas inesperadas.
Por que acompanhar esses custos com atenção?
Porque empresas que não monitoram a manutenção operam no escuro. Não sabem quanto gastam, onde gastam, nem por que gastam. A consequência? Orçamentos estourados, decisões reativas, equipamentos fora de operação e metas que escorrem pelas frestas do improviso.
Os desafios mais comuns incluem:
- dificuldade em prever falhas e planejar paradas
- excesso de manutenções corretivas, que custam mais e ocorrem em momentos críticos
- ausência de indicadores claros para avaliar o desempenho da área
- subestimação de custos ocultos, como retrabalho e perdas de eficiência
Tipos de custos de manutenção
Para uma gestão eficiente, é preciso entender como os custos de manutenção se distribuem. Afinal, eles não são todos iguais e nem todos estão visíveis à primeira vista. A seguir, organizamos os principais tipos em uma tabela comparativa para facilitar a análise:
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Tipo de custo |
O que inclui |
Exemplos práticos |
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Custos diretos |
Despesas diretamente ligadas à execução do serviço de manutenção |
Peças de reposição, mão de obra, ferramentas, EPIs, serviços terceirizados |
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Custos induzidos |
Custos gerados como consequência de falhas ou atrasos na manutenção |
Horas extras, multas por atraso, perda de produção, queda na produtividade |
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Custos ocultos |
Impactos que não aparecem de forma imediata, mas comprometem o desempenho |
Ineficiência operacional, retrabalho, desperdício de materiais, uso inadequado de recursos |
Enquanto os custos diretos costumam ser facilmente contabilizados em ordens de serviço ou relatórios, os induzidos e ocultos exigem atenção redobrada. São eles que, aos poucos, corroem as margens, estressam equipes e comprometem o planejamento financeiro.
Como calcular os custos de manutenção?
Calcular os custos de manutenção é entender, em detalhes, quanto cada ativo custa para continuar funcionando e o que isso revela sobre o desempenho da operação.
1. Custo total de manutenção (CTM)
A soma de todos os valores gastos com manutenção em um determinado período.
Fórmula:
CTM = Custos diretos + Custos induzidos + Custos ocultos
2. Custo por equipamento
Permite identificar quais ativos consomem mais recursos — e se continuam viáveis economicamente.
Fórmula:
Custo por equipamento = CTM do equipamento / tempo em operação
3. Custo por hora trabalhada
Indica o valor investido em manutenção para cada hora útil de produção.
Fórmula:
Custo por hora = CTM / total de horas de produção
4. CPMV (Custo percentual de manutenção versus valor de reposição do ativo)
Usado para avaliar se ainda vale a pena manter determinado equipamento em uso.
Fórmula:
CPMV (%) = (Custo anual de manutenção × 100) / Valor de reposição do ativo
Referência prática: Se o CPMV ultrapassa 6%, é hora de considerar a substituição do equipamento.
5. MTBF e MTTR
Dois indicadores fundamentais para entender o desempenho da manutenção:
- MTBF (tempo médio entre falhas): quanto maior, melhor.
MTBF = (Tempo disponível – Tempo em manutenção) / número de falhas - MTTR (tempo médio de reparo): quanto menor, melhor.
MTTR = Tempo total de manutenção / número de falhas
Exemplo prático resumido:
Vamos pegar uma empresa que, em um ano, gastou R$ 500 mil com manutenção. Desses, R$ 400 mil foram com peças e mão de obra, R$ 60 mil com perdas na produção e R$ 40 mil com retrabalhos e ineficiência. Seu ativo principal vale R$ 8 milhões.
Aplicando a fórmula:
- CTM: R$ 500 mil
- CPMV: (500.000 × 100) / 8.000.000 = 6,25%
→ A empresa já deve repensar a manutenção desse equipamento.
Estratégias para reduzir os custos de manutenção
Como vimos, reduzir custos de manutenção não é cortar investimentos e sim fazer com que cada real investido gere mais resultado. Por isso, reunimos um framework prático, em cinco etapas, para alcançar esse equilíbrio com inteligência e previsibilidade:
Etapa 1: mude o foco da reação para a prevenção
A transição da manutenção corretiva para a preventiva e preditiva é o primeiro passo. Inspecionar e intervir antes da falha evita paradas não planejadas, retrabalhos e urgências dispendiosas.
- Preventiva: baseada em calendário e histórico de uso.
- Preditiva: baseada em sensores, dados e condição real do ativo.
Etapa 2: use a tecnologia como aliada
Softwares de gestão, sensores IoT e análises em tempo real aumentam a precisão e reduzem a margem de erro. Com isso, é possível:
- Identificar gargalos rapidamente
- Priorizar ativos críticos com base em dados
- Automatizar ordens de serviço e checklists de manutenção
Etapa 3: treine e capacite sua equipe
Uma equipe técnica bem treinada reduz falhas operacionais, realiza manutenções mais eficientes e melhora a qualidade dos registros.
Inclua no plano de capacitação:
- Treinamentos técnicos periódicos
- Reciclagens sobre procedimentos e normas de segurança
- Integração com novos sistemas e tecnologias
Etapa 4: organize seu estoque de forma estratégica
Peças de reposição não devem faltar, mas também não devem entulhar o almoxarifado.
Dicas para gestão eficiente:
- Defina estoque mínimo e ponto de reposição
- Padronize e catalogue os materiais (com QR Codes e part numbers)
- Implemente inventários regulares para evitar perdas e obsolescência.
Etapa 5: planeje até o imprevisto
Manutenção emergencial também precisa de plano. Ter protocolos claros para falhas inesperadas reduz o tempo de resposta e os custos induzidos.
- Liste falhas críticas e seus procedimentos padrão
- Defina responsáveis, prazos e recursos emergenciais
- Atualize constantemente com base em ocorrências reais
Leia também:
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- Garantia de qualidade: as certificações que comprovam a excelência na manutenção predial
- O que é quebra zero e como alcançá-la na gestão de manutenção
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