Matriz de Riscos: o que é, como criar e por que ela é importante para a manutenção predial
Manutenção Predial

Matriz de Riscos: o que é, como criar e por que ela é importante para a manutenção predial

Elevadores parados, falhas elétricas, infiltrações e sistemas de climatização que deixam de funcionar de repente. Situações como essas impactam diretamente a rotina de um edifício corporativo e podem gerar desde prejuízos financeiros até riscos à segurança de quem circula pelo espaço. Diante desse cenário, cresce a atenção para ferramentas capazes de prever e mitigar ameaças, como a matriz de riscos.

Cada vez mais presente nas discussões sobre manutenção predial, essa prática alia segurança, eficiência e conformidade legal em um só recurso. Ao mapear probabilidades e impactos de falhas em sistemas críticos, a matriz transforma dados técnicos em decisões práticas, permitindo que gestores de facilities e administradores prediais planejem com clareza onde aplicar esforços preventivos e como evitar incidentes que comprometem operação e orçamento.

O que é uma matriz de riscos?

A matriz de riscos é uma representação visual que relaciona a probabilidade de um evento ocorrer com o impacto que ele pode gerar em um edifício. Geralmente apresentada em formato de tabela ou gráfico colorido, ela facilita a análise e a priorização de ações preventivas e corretivas.

No âmbito da manutenção predial, ela auxilia a mapear riscos em sistemas elétricos, hidráulicos, estruturais e de climatização, entre outros. Assim, gestores conseguem visualizar de forma clara quais ameaças precisam ser tratadas com urgência e quais podem ser monitoradas com menor frequência.

Para entender como a matriz funciona, é importante diferenciar três conceitos:

  • Perigo: situação ou condição com potencial de causar dano (ex.: fiação exposta).
  • Risco: combinação entre a probabilidade de um perigo se concretizar e a gravidade do impacto (ex.: choque elétrico causado pela fiação exposta).
  • Falha: evento que efetivamente ocorre e compromete a operação (ex.: curto-circuito interrompendo o fornecimento de energia).

A utilização desse recurso é reforçada por normas técnicas e regulamentações, como a NBR 5674, que trata da gestão de manutenção em edificações, e as NRs de segurança do trabalho (como a NR-10 e a NR-35), que orientam a avaliação e o controle de riscos. Ao alinhar a matriz de riscos com essas diretrizes, a gestão predial se torna mais estruturada, segura e eficiente.

Exemplo prático de matriz de riscos predial

Vamos pegar um edifício corporativo com seus principais sistemas mapeados. Abaixo, uma matriz simplificada cruzando probabilidade x impacto:

Sistema/risco identificado

Probabilidade

Impacto

Classificação

Ação recomendada

Falha no gerador de energia

Média

Alto

🔴 Crítico

Revisão preventiva trimestral

Vazamento em tubulação hidráulica

Alta

Médio

🟠 Alto

Monitoramento com inspeção mensal

Pane em elevador secundário

Baixa

Alto

🟡 Médio

Manutenção preventiva semestral

Curto em quadro elétrico secundário

Baixa

Médio

🟡 Médio

Inspeção anual programada

Falha em ar-condicionado central

Média

Alto

🔴 Crítico

Plano de contingência + manutenção preventiva trimestral

A representação simples já mostra como a matriz ajuda a enxergar quais problemas precisam de atenção imediata (vermelho/crítico), quais exigem monitoramento frequente (amarelo/médio) e quais podem ser tratados com rotinas mais espaçadas (verde/baixo).

Como construir uma matriz de riscos eficiente

A elaboração de uma matriz de riscos para manutenção predial necessita de método, participação de diferentes áreas e integração com as rotinas já estabelecidas no edifício. 

A seguir, trouxemos passo a passo para estruturar esse processo de forma clara e aplicável:

  1. Identificação de ativos e sistemas críticos: faça um levantamento completo dos elementos que sustentam a operação do prédio: instalações elétricas, hidráulicas, sistemas de climatização (HVAC), elevadores, geradores, estruturas e equipamentos de combate a incêndio. Essa visão global permite enxergar onde estão os pontos de maior vulnerabilidade.
  2. Avaliação de probabilidade e impacto: para cada risco identificado, defina duas variáveis. Uma chance de ocorrer (baixa, média ou alta) e uma consequência em caso de falha (financeira, operacional, legal ou de segurança). É nessa etapa que se forma a base para a matriz.
  3. Classificação dos riscos:  a combinação de probabilidade e impacto gera níveis de criticidade (baixo, médio e alto). Tal classificação pode ser representada em cores: verde para riscos aceitáveis, amarelo para moderados e vermelho para críticos.
  4. Priorização de ações preventivas e corretivas: os riscos classificados como críticos devem receber atenção imediata, com planos de manutenção preventiva, inspeções frequentes e recursos alocados. Já os de menor criticidade podem ser acompanhados com periodicidade definida.
  5. Monitoramento contínuo: a matriz não é estática. Ela deve ser revisada periodicamente e atualizada diante de mudanças no prédio, novas normas técnicas ou ocorrências registradas. O uso de sistemas digitais e indicadores de desempenho garante precisão nas análises e permite acompanhar a evolução dos riscos em tempo real.

Por que a matriz de riscos é fundamental para a manutenção predial?

Em um edifício corporativo, a falta de gestão adequada pode transformar pequenos incidentes em grandes crises. A matriz de riscos atua como um filtro que direciona tempo, orçamento e equipe para onde realmente importa, evitando desperdícios e aumentando a confiabilidade da operação.

A seguir, um resumo das principais vantagens:

Benefício

Como a matriz de riscos contribui

Redução de falhas e incidentes

Antecipação de problemas em sistemas críticos, evitando paralisações inesperadas

Otimização do orçamento

Recursos são direcionados para os riscos mais relevantes, reduzindo gastos com corretivas emergenciais

Aumento da vida útil dos ativos

Intervenções planejadas preservam equipamentos e infraestrutura por mais tempo

Atendimento às normas

Cumprimento de legislações e regulamentos de segurança, evitando autuações e passivos

Decisões baseadas em dados

Priorização de investimentos e ações a partir de análises objetivas e registradas

Com essa abordagem, a manutenção predial deixa de ser corretiva para se tornar estratégica, apoiando tanto a segurança das pessoas quanto a sustentabilidade financeira da operação.

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A Araujo Abreu é sua parceira

Adotar a matriz de riscos na manutenção predial é um passo decisivo para transformar a gestão de edifícios em um processo estruturado, confiável e sustentável. Mais do que uma exigência técnica, trata-se de uma estratégia para proteger vidas, preservar patrimônios e assegurar a continuidade das operações.

Com mais de um século de atuação em engenharia de manutenção e facilities, a Araujo Abreu desenvolve soluções personalizadas que integram tecnologia, experiência e conhecimento normativo. Nossa equipe apoia desde a criação da matriz de riscos até a implantação de planos de manutenção preventiva e corretiva, sempre adaptados à realidade de cada cliente, seja em prédios corporativos, hospitais, shoppings, bancos ou instituições públicas.

Se a sua meta é tornar a gestão predial mais segura e eficiente, conte com quem já ajudou centenas de empresas a estruturar processos sólidos e confiáveis. Fale com a Araujo Abreu e veja como podemos gerir a matriz de riscos do seu edifício de forma estratégica.

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